O pêndulo de Foucault, um dos mais famosos romances do escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo Umberto Eco, é uma aventura que alia a erudição ao bom humor.
Entediados de tanto ler e reler manuscritos de ciências ocultas, Casaubon, Belbo e Diatallevi, três editores da editora Garamond, na Milão do início da década de 1980, inventam uma elaborada farsa que conecta os cavaleiros templários medievais em 1312 a grupos ocultistas ao longo dos séculos. Obcecados com a própria criação, eles produzem um mapa indicando a localização geográfica de onde todos os poderes da Terra podem ser controlados – um ponto localizado em Paris, na França, no pêndulo de Foucault.
Entretanto, por uma fatalidade a piada se torna real demais. Quando grupos ocultistas, incluindo satanistas, ouvem falar do Plano, a busca pelo controle de Terra não encontra limites. E Belbo se vê como o alvo de uma sociedade secreta real que acredita que ele detém a chave para o tesouro perdido dos cavaleiros da Ordem do Templo.
Orquestrando esses e diversos outros personagens nessa aventura semiótica multifacetada, Umberto Eco, autor de O nome da rosa, aborda em O pêndulo de Foucault questões contemporâneas como a emergência do irracionalismo high-tech, as síndromes do fim do milênio, o mundo dos signos e os segredos da história, tudo isso em um livro que alia a um só tempo o erudito e o bom humor.
“Já se disse que O pêndulo de Foucault é O Código Da Vinci dos intelectuais. O próprio Umberto Eco, no entanto, foi um pouquinho mais longe quando afirmou, com seu típico senso de humor, que Dan Brown era (ou deveria ser) um dos personagens de seu livro, publicado 15 anos antes do best-seller americano. [...] Eco criou mesmo uma face inteira da literatura. Um estilo. Um gênero do qual este livro é o exemplo mais bem acabado.” Do texto de orelha de Caetano Galindo
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