Orhan Pamuk viu-se há alguns anos enredado numa trama de involuntária inspiração kafkiana. Após abordar, numa entrevista a um jornal suíço, o esquecimento deliberado do genocídio armênio promovido pela Turquia, Pamuk foi denunciado pela promotoria de seu país, acusado de “denegrir a identidade turca”. O constrangedor processo que se seguiu é contado por Pamuk em Outras cores com o distanciamento irônico que a situação permite, pois o episódio foi felizmente encerrado com sua absolvição.
Essa e outras histórias, bem como numerosos fragmentos de natureza ensaística e reflexiva, compõem o vasto mosaico textual do livro. Resgatando as lembranças da infância em Istambul ou discutindo o atual “choque de civilizações”, de que a Turquia é um posto de observação privilegiado, Pamuk compartilha generosamente com os leitores os bastidores de sua criação literária. Obcecado pela exatidão na ambientação de seus enredos, o escritor revisita os lugares em que seus personagens transitam em romances como O livro negro e Neve. Posfácios, discursos e pequenos momentos ficcionais que, segundo o próprio Pamuk, não puderam ser aproveitados nos romances, são reunidos em capítulos curtos, por meio de conexões temáticas e cronológicas. Outras cores sintetiza os interesses multifacetados de seu autor, e ajuda a esclarecer os mecanismos de sua escrita premiada.
Descrição
Informação Adicional
ISBN | 9788535917420 |
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Autor | Pamuk, Orhan |
Tradutor | Vargas, Berilo |
Editora | Companhia das Letras |
Encadernação | Livro brochura (paperback) |
Idioma | Português |
País | BR |
Páginas | 480 |
Formato | N/A |
Ano | 2010 |
Edição | 1 |
Ano da Edição | 2010 |
Origem | N/A |
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