Platão, ícone da filosofia ocidental, apresenta ao leitor de O Banquete uma das obras-mestras do clássico pensamento grego acerca do Amor (Eros).
Em uma série de discursos que versam sobre a natureza e as qualidades desse tema, alvo das mais elevadas aspirações da alma humana, distintas facetas do amor são reveladas.
Permeada pelo diálogo entre Apolodoro, discípulo e amigo de Sócrates, e Gláucon, uma personalidade obscura e alheia ao mundo da filosofia, emerge a narrativa dos sete discursos amorosos em elogio a Eros, o deus do amor, proferidos no banquete oferecido pelo poeta trágico ateniense Agaton em comemoração ao seu primeiro sucesso dramático.
Como oradores, estiveram presentes:
- Sócrates;
- Aristodemo, amigo e discípulo de Sócrates;
- Fedro;
- Pausânias, o médico Erixímaco;
- o comediante Aristófanes;
- Alcibíades, um político.
Pausânias propõe que realizem um encontro diferente, cujo foco os distancie da embriaguez.
Erixímaco sugere que os convidados profiram discursos no intuito de louvar Eros, o deus do amor.
Discursos esses investidos de solenidade e reverência por parte dos oradores, à exceção de Alcibíades, cujo discurso teve por objeto o próprio Sócrates.
Na presente obra nota-se pontos de grande divergência e inúmeros outros de confluência entre as concepções de amor advindas da sociedade grega clássica e as praticadas pela sociedade contemporânea, principalmente no que diz respeito aos mitos e às crenças amorosas ainda presentes na atualidade.
O Banquete, que evidencia a conotação e a dimensão éticas do amor, constitui-se num vasto e deleitoso campo para a reflexão e a aprendizagem das origens que igualmente compuseram nossa cultura.
Uma brilhante obra, considerada um clássico da literatura filosófica ocidental!
Indicada a todos aqueles que buscam refletir sobre o amor, suas origens e os mitos que o envolvem.
O Banquete é um convite ao repensar as práticas da atualidade e aquelas enraizadas na clássica sociedade grega.