A lanterna das memórias perdidas é um romance japonês profundo e comovente a respeito do que é realmente importante na vida e do encanto de reviver uma última vez seus melhores momentos.
Num estúdio fotográfico onde um antigo relógio de parede não funciona mais, Hirasaka gentilmente recepciona seus visitantes, um por um, em um confortável sofá de couro, lhes oferece a bebida de sua preferência e revela o que os aguarda.
Pegos de surpresa, os visitantes descobrem que estão em um ponto de transição entre a vida e a morte e recebem uma grande quantidade de fotos — correspondentes às suas lembranças, onde cada fotografia representa um dia de suas vidas — e a incumbência de selecionar uma para cada ano. Com essa missão, ganham a oportunidade ímpar de revisitar sua memória mais preciosa e tirar novamente a foto do momento em questão — incapazes de fazer qualquer coisa para alterá-lo e invisíveis para o mundo. Forma-se então uma espécie de lanterna giratória de memórias com as fotos dos momentos mais significativos que viveram, proporcionando a eles a chance única de assistir à própria vida passar diante de seus olhos.
Dentre tantas, conhecemos três pessoas que por ali passam, suas vidas entrelaçadas por amor, empatia e resiliência: uma professora de noventa e dois anos, um membro da Yakuza de quarenta e sete anos, e uma criança.
Diante das diversas opções de memórias a serem revisitadas, qual cada um escolherá? E por que Hirasaka, o único que não tem lembranças da própria vida e que possui apenas uma foto, é o responsável por cuidar desse estúdio?
Em meio a esses e outros mistérios, tudo que se sabe é que as fotografias guardam uma poderosa força invisível.