Neste ensaio satírico publicado em 1511, a Loucura elogia a si mesma como a verdadeira imperatriz da humanidade. Em uma crítica explícita ao racionalismo e à escolástica, Erasmo de Rotterdam enaltece a natureza humana e oferece um espelho para que a sociedade possa divertir-se e até mesmo rir de si própria.
Mesmo armando-se da pilhéria, Erasmo ataca questões sérias de sua época. Temas morais como a intolerância e a ingratidão não escapam à língua mordaz da Loucura. Dos reformistas protestantes liderados por Lutero aos ortodoxos cristãos seguidores do Papa, todos são alvos da ironia desta obra.
Uma homenagem à Utopia, de Thomas More, Elogio da Loucura se converteu em uma das bases intelectuais da filosofia humanista do Renascimento. Capaz de abalar as estruturas da própria Igreja e os poderosos de seu tempo, o livro mantém seu frescor até os dias de hoje.